segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Reino das Ilusões

“como posso ainda manter algum sentimento por um pedaço inútil de ouro que não serve pra nada?”

E foi então que a menina de botas partiu com a missão de recuperar o “ciclo do adeus” (por que se não fosse assim, como poderia chamar uma aliança, de uma união que não existiu?), entrou num mundo turvo e tumultuado chamado de Estante de livros, afastou os ursos gigantescos, e aquele monte de livros desorganizados, milhares de lembranças atormentavam-na, procurou em cantos esquecidos, tudo acontecia muito rápido, mas era como se tivesse em câmera lenta, como se por segundo pudesse reviver cada um dos momentos, a parte mais importante da historia acontece quando, A menina de botas encontra seu destino, uma caixa de cartas, e re-lê, todas, uma a uma, as cartas dos amores e dos sonhos perdidos, aqueles que ficaram apenas na imaginação criativa de cada um dos autores das cartas, aquilo era uma daqueles momentos de Clarice, em que há um ápice, tudo agora era passado,

continuação!!

lia as cartas com saudade do que não aconteceu, leu sabendo o quanto tinha mudado, e sabia também que nada que estava escrito fazia sentido agora, tudo parecia mentira e de fato teve vontade de mandar as cartas de volta a cada um dos donos, para esfregar na cara deles o quanto tudo estava diferente agora, e que tudo aquilo era mentira, era uma mentira descabida, foi ai que ela percebeu, que não era uma mentira, ela tinha sido teletransportada ao reino das ilusões, aquelas cartas continham verdades infundadas e sonhos que não se realizaram, não fora pro AP com a menina de olhos verdes, não perdeu a virgindade com o primeiro namorado, e nem casou com aquele que chamamos de ELE,

continuação!!

percebeu que precisava deixar o passado, e finalmente estava disposta a isso, queria amar o presente, e nesse momento o reino das ilusões passou a ser lar da menina de botas, ela aceitava o presente, e nesse momento como que por mágica o “ciclo do adeus” foi achado, eu não acredito em sinais, mas esse de fato foi um sinal, daqueles que só aparecem nos livros que costumava ler, nesse momento foi sugada por uma força estranha, de volta a realidade, a menina pensou em contar mais quem acreditaria nela?

Sentou-se e releu as cartas, como se dissesse um adeus mudo.

PS. (ficou muito feliz de saber q a amiga nada tinha a ver com o sumiço do ciclo do adeus, como estava feliz de estar enganada, odiava a desconfiança e ultimamente, essa dita estava a rondá-la, mais isso não foi incluso ao texto.)