terça-feira, 23 de junho de 2009

SERIA UM rETorNO??


pensei em algo sensato para dizer

pensei em algo bonito

pensei em algo interessante


mais nada disso ficou realmente bom

talvez porque nada disso ficou claro

ou naum foi sincero o bastante


o que tenho a dizer entao?

"ESTOU de VOLTAA"

passei um tempo longe

um tempo absorta

um tempo em paz



quero o caos

farei as minhas vontades

decidi que estou decidida


eu posso sim ser tudo isso que "você" quer

eu posso ser tudo isso que o "outro" quer

posso sim ser tudo isso que "ele" quer


Mais mais que tudo isso

EU POSSO SER O QUE EU QUISER


"A vanpirah que estava em torpor

acordou e com sede...

Quem será a primeira presa?"


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Eu fui tola me importando com o que você pensa
Você é um calculo matemático
Você é uma regra
Não sigo regras
Deixei meus sentimentos atrapalharem minha visão
Passarei a ser imparcial
Alheia e supérflua
“SE ASSIM VOCE PREFERIR”

{Calem a boca todos vocês
Eu não consigo ouvir meu pensamento
Eu não vejo com clareza
Todas essas coisas
Que estão diante dos meus olhos}

PARA DE ME CRITICAR!

{Criticas não me ajudam em nada
Não ache que é melhor que eu
Não me mostre o quanto eu sou inferior}

EU NÃO VOU MUDAR

{Você me deu um disfarce
Eu vesti o personagem
Então o que te supreende?}

NÃO FINJA QUE VOCE SE IMPORTA...

sábado, 6 de junho de 2009

eu queria que você visse por trás do sorriso nas minhas fotos
eu queria que você percebesse que eu sinto sua falta
eu querer saber quem é você pra quem eu escrevo...

Com sorriso no rosto e espinhos no coração

Eu sempre tive certezas
E agora são só duvidas
Eu escrevia coisas sinceras
E agora eu leio o que eu escrevo
E parece alguém muito longínquo
Alguém que parou no tempo
E só sofreu pelo amor passado
Mais eu to aqui gritando
E ninguém escuta
E a joy não escuta que eu to aqui gritando
Eu to sofrendo porra!
E não é de amor passado
De tempos do sanduba perfeito
E desse amor
Que ela queria que desse certo
E não deu
E que ninguém sabe a razão
Não tem razão
Não era pra ser
Nunca me conformei com isso
E agora eu me conformo
Quem é essa garota no meu corpo?
Quem é essa garota na minha mente?
Cadê meus gritos?
Cadê minhas decisões?
Cadê meus pôsteres?
Cadê eu que me perdi dentro de mim?
Eu to aqui gritando desesperadamente
Em silencio

Você já gritou em silencio?
É desesperador


Tudo passa
Volto com o sorriso no rosto
É mais fácil dizer ta tudo Ótimo
Que contar o porque de estar triste...

E assim vou seguindo...

singularismos

"vc me disse 200 metros por vez,
e estive a 200 metros por vez

vc me disse pule de olhos fechados
e eu fechei os olhos

vc me disse eu te amo
e eu acreditei

quando estive a 200 metros por vez eu sofri
pq meu destino é a 400km/h, a intensidade das coisas é q as tornam incríveis...

quando eu fechei os olhos
eu perdi toda a vista deslumbrante a meu redor, ver e sentir, é melhor do que só sentir
eu gosto de ver, e sentir, e ouvir, falar, gosto de tudo isso de uma vez só...
embora eu saiba apreciar um de cada vez

quando eu acreditei que você me amava
eu me entreguei
eu machuquei todos a minha volta porque seu amor me bastava
eu escolhi você...
ate quando você não estava nas opções...



e as vezes eu me odeio por ter machucado tanto
as pessoas que me amavam de graça, e eu te odeio por isso
como pude permitir?
logo depois, me pergunto:
E se não fosse assim?
E se eu não me entregasse?
E se não fosse tão intenso?
E então eu te amo por me ter me feito me senti amada
Por ter me feito machucar as pessoas que me amavam de graça
Elas continuam a me amar, o que prova que era de graça
Eu me amo por me odiar ter machucado
Eu me amo por ter te amado...
Por ter me permitido amar intensamente
Eu me amo por saber que se amo, não há limites.
Se eu tivesse que errar novamente
E se eu tiver que machucar novamente
E se eu for me ferir novamente
Que seja ainda mais profundo
Que seja ainda mais intenso
Que seja ainda mais cruel
QUE SEJA AINDA MAIS INESQUECIVEL"

terça-feira, 2 de junho de 2009

Clarice Lispector

Analise do texto...
Eu me sentia sofia...



Os desastres de Sofia

Sofia era uma menina confusa e sem candura e extremamente intrigante. Atraída pelo significado da palavra “errado” e pelo silencio e a incontrolada impaciência que o professor tinha em ensiná-la. Mas o que deixa Sofia feliz é ver-se auto-suficiente, ela gosta de manipular os outros com a sua diabólica inocência, gosta de chamar atenção, e o seu objetivo era descobrir o que ela era. O professor é um desafio, ela quer mostrar-se superior ao restante da sala. Era inquieta pode-se perceber isso pelo que fala a empregada – Essa não é flor que se cheire. E acima de todos os aspectos era uma criança, com pressa de crescer e com desvio de personalidade querendo ser única.

O que Sofia era:

“Uma criança, nove anos e pouco, e roía as unhas, exultante. O jogo sempre me fascinava. Estudar eu não estudava confiava na minha vadiação sempre bem sucedida, a verdade é que não sobrava tempo para estudar, as alegrias me ocupavam. Havia a esperançosa ameaça do pecado.Meu fio de esperança era que ele não soubesse o que eu tinha feito, assim como eu mesma já não sabia, na verdade eu nunca soubera.”


O que ela queria ser:

“Passei a me comportar mal em sala – cale-se ou expulso a senhora da sala – Pode me mandar e ele não me mandava se não estaria me obedecendo. Meu único instrumento era a insistência. O jogo de torná-lo infeliz já me tomara demais, até que meus risos foram definitivamente foram substituindo minha delicadeza impossível. Permanentemente ocupada em querer e não querer ser o que eu era, o professor só podia admirar, mas eu não prestava, ali estava eu a menina esperta demais, tudo o que em mim não prestava era o meu tesouro.”

O que a ‘personagem’ pensava que era?

“Ser o objeto do ódio daquele homem que de certo modo eu amava, eu me tornara seu demônio e seu tormento, estava sendo a prostituta e ele o santo. Eu me tornara a sua sedutora, pela vida crua e cheia de prazeres, tomava o intuitivo cuidado com o que eu era, já que eu não sabia o que eu era. A tudo que ele dizia eu respondia com o olhar direto, o que me enchia de um poder que me amaldiçoava. Eu estava começando a tirar a moral das histórias, eu só sabia usar minhas próprias palavras. Eu era o único eu, estavam pedindo demais da minha coragem só porque eu era corajosa, pediam minha força só porque eu era forte, mas e eu? Enfim liberta da alma suja de menina. Nunca saberei o que eu entendo.”

O que ela achava do professor?

“As palavras me tentam e me modificam. Era de se lamentar que tivesse caído em minhas mãos erradas a tarefa de salvá-lo pela tentação, minha vida com o professor era invisível, seria para as escuridões da ignorância que eu seduzia o professor? Fingindo a custo me esquecer, mais contraído ficasse de tanto autocontrole, e aquele era o homem de minha vida. O novo e grande medo. Perplexa e a troco de nada eu perdia meu inimigo e sustento. Preferia sua cólera antiga que me ajudara na minha luta contra mim mesma. Pela primeira vez eu estava só com ele, sem o apoio cochichado da classe, sem a admiração que minha afoiteza provocava. O sorriso como um menino que dorme com os sapatos novos, ele nem ao menos sabia que ficava feio quando sorria. Confiante, deixava me ver a sua feiúra, que era sua parte mais inocente. Tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. Para que te serve essa boca cruel de fome? Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? para ficarmos de mãos dadas, e olharem intimidados antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir.”

O que o professor achava de Sofia?

“O tesouro que é só descobrir. Você... Você é uma menina muito engraçada. Você é uma doidinha. E aquele homem grande se deixara enganar por uma menina safadinha, acredita como eu nas grandes mentiras. Você é uma menina muito engaçada, você é uma doidinha. Era como um amor. Não eu não era doidinha, a realidade era meu destino, e era o que em mim doía nos outros.”